Nos últimos anos, investir no exterior deixou de ser uma exclusividade de grandes investidores e se tornou uma possibilidade acessível para um número crescente de brasileiros. Com a valorização do dólar, as oportunidades de diversificação aumentaram, e as estratégias de alocação de recursos fora do Brasil têm ganhado relevância, especialmente quando o mercado interno apresenta volatilidade. Com o dólar recentemente acima de R$ 6, especialistas da XP avaliam se vale a pena investir nos EUA neste cenário e o que os investidores brasileiros devem considerar ao decidir por essa estratégia.
Investir no Exterior: Diversificação e Proteção
Para os especialistas da XP, investir uma parte do patrimônio em ativos internacionais, principalmente em dólares, é uma excelente estratégia para proteger o poder de compra e mitigar os riscos da economia brasileira. "Investir no exterior permite que o investidor se proteja das oscilações da economia local, enquanto aproveita a valorização do dólar e o potencial de crescimento de mercados internacionais, especialmente o americano", explica Lucas Faria, gerente de Investimentos Internacionais da XP.
Essa tática se torna ainda mais atraente em tempos de incertezas econômicas, como as vividas pelo Brasil nos últimos anos. O dólar, como moeda de refúgio, oferece ao investidor uma proteção natural, pois tende a se valorizar diante de crises ou instabilidades no cenário global. Além disso, o mercado americano continua sendo uma das maiores potências econômicas do mundo, com um ambiente estável e altamente inovador, oferecendo acesso a setores como tecnologia, saúde e energia, que são pouco representados no Brasil.
A Importância da Alocação Internacional
A diversificação internacional, conforme apontado pelos especialistas, é uma estratégia sólida para otimizar o risco e o retorno de uma carteira de investimentos. "Investir nos EUA não significa apenas acesso ao mercado americano, mas também a teses globais que estão presentes nesse mercado, como as áreas de tecnologia, inteligência artificial, e defesa. Estes são setores com grande potencial de crescimento", comenta Victor Gomes, também gerente de Investimentos Internacionais da XP.
Embora o dólar esteja acima de R$ 6, o ambiente internacional ainda oferece boas oportunidades, principalmente considerando que o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, continua com políticas monetárias atraentes. O atual cenário de juros elevados nos EUA faz com que os investidores busquem o dólar como uma moeda segura, pressionando a demanda pela moeda americana.
Pressões no Mercado Global e Expectativas para o Dólar
O cenário do mercado internacional tem gerado pressões que podem levar o dólar a continuar valorizando frente ao real. A política monetária nos EUA, com taxas de juros mais altas em comparação com o Brasil, tem atraído investidores para ativos denominados em dólares, buscando retornos mais altos e estabilidade. Além disso, a volatilidade dos preços das commodities, da qual o Brasil é dependente, também fortalece o dólar em momentos de instabilidade no mercado global.
Segundo Paulo Gitz, estrategista global da XP, as expectativas para a moeda americana são positivas. "Embora o Brasil esteja adotando uma política de corte de juros, o prêmio oferecido pelo mercado interno ainda é baixo quando comparado ao retorno dos ativos denominados em dólares", afirma. Com isso, o real continua perdendo atratividade frente ao dólar, o que torna os investimentos no exterior ainda mais interessantes.
Como a Diversificação Pode Otimizar o Desempenho da Carteira
A diversificação internacional não é apenas uma maneira de proteger o patrimônio contra riscos locais, mas também de buscar melhores oportunidades de retorno. "A todo momento, surgem novas oportunidades globais que podem ser aproveitadas por investidores que possuem exposição ao dólar", observa Gomes. A diversificação global tem mostrado, ao longo do tempo, ser uma das maneiras mais eficazes de maximizar os retornos no longo prazo.
Em uma análise de performance de carteiras, os dados indicam que, em janelas de tempo superiores a 10 anos, as carteiras com exposição ao dólar tendem a ter um desempenho superior às carteiras compostas exclusivamente por reais. Esse fato reforça a importância de incluir ativos internacionais em uma estratégia de investimento.
Conta Investimento Global XP: Facilitando o Acesso aos Investimentos Internacionais
A democratização do acesso aos investimentos no exterior é um dos principais motores dessa mudança no perfil do investidor brasileiro. Ferramentas como a Conta Investimento Global XP têm facilitado esse processo, permitindo que até investidores iniciantes ou com quantias menores possam diversificar suas carteiras. Com um investimento inicial de apenas US$ 100, já é possível começar a investir no exterior, acessando mais de 10.000 ativos globais, incluindo ações de empresas americanas, fundos de investimento e títulos de renda fixa.
Vinícius Garófalo, head de Sales Offshore da XP, destaca que a plataforma da XP oferece não só acesso a investimentos internacionais, mas também integra serviços como conta e cartão internacional, além de ferramentas para facilitar a declaração de Imposto de Renda. "Nosso objetivo é ajudar o investidor a internacionalizar sua carteira de forma simples e eficiente, oferecendo uma solução completa para todos os seus investimentos", afirma Garófalo.
Vale a Pena Investir nos EUA Mesmo com o Dólar Acima de R$ 6?
Apesar do valor elevado do dólar, investir nos EUA continua sendo uma estratégia interessante, principalmente pela diversificação e proteção que oferece. Os especialistas da XP sugerem que alocar parte do patrimônio em ativos denominados em dólares é uma maneira eficaz de reduzir riscos, aproveitar oportunidades de crescimento em mercados globais e melhorar o desempenho da carteira no longo prazo.
A estratégia de investir no exterior, especialmente nos EUA, é ainda mais relevante em tempos de instabilidade econômica, como os que o Brasil e o mercado global enfrentam atualmente. Com ferramentas acessíveis, como a Conta Investimento Global XP, a internacionalização do portfólio deixou de ser uma opção restrita aos investidores de alta renda e se tornou uma estratégia viável para uma gama maior de investidores brasileiros.
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